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Animes Review

VINLAND SAGA: VIKINGS NA AMÉRICA?

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4 de dezembro de 2019

Olá taverneiros! Hoje vamos falar um pouco sobre esse mangá/anime que traz um pouquinho da história nórdica em suas páginas.

Vikings estão na moda, não dá pra negar isso. Temos séries, bandas, produtos e até mesmo o ressurgimento das religiões pagãs nórdicas ocorrendo em um ritmo frenético. No meio disso tudo, não é de surpreender que o universo dos quadrinhos japoneses resolvesse aproveitar a febre e lançar uma história com essa temática. Porém, Vinland Saga é mais do que só um merchant nórdico, mas sim uma forma divertida e interessante de contar um pouco sobre o período histórico no qual os famosos bárbaros com barcos de dragão viveram.

O mangá segue a história de Thorfinn, um garoto que se une à um bando de piratas com o único propósito de matar em batalha o líder do bando, Askeladd, responsável pela morte de seu pai. Thorfinn é um rapaz instável, movido apenas pelo ódio à Askeladd e sua vontade de, basicamente, meter a faca na goela deste. Porém, não era de se esperar menos. Seu pai, Thors, era um general dos Jomsvikings, um poderoso e terrível exército viking, casado com a filha do líder do exército. Após o nascimento de Thorfinn (sendo ele o segundo filho e primeiro filho homem), Thors decide que a vida de crueldade desmedida e banhos de sangue em campos de batalha não era pra ele, forjando a própria morte em uma grande batalha e fugindo assim com sua esposa e filhos e indo viver como um fazendeiro pacífico em um vilarejo isolado no meio do gelo da Islândia.

(Thors)

Thorfinn então cresce feliz, ouvindo as histórias de Leif Ericson, um mercador viajante, sobre os deuses e sobre uma terra maravilhosa chamada Vinland, onde o tempo é quente, os campos são verdes e os nativos são um povo gentil e amigável, sonhando em um dia viajar para esse local como um grande explorador. Mas como nem tudo são rosas, quando tudo parecia bem e Thorfinn completou 6 anos, Floki, um antigo companheiro de batalha de Thors, descobre seu paradeiro e, sobre o pretexto de estar precisando de novas forças para o exército, o convoca à se unir à ele, levando consigo os jovens guerreiros do vilarejo. Caso tal ato não seja realizado, todo o vilarejo pode ser punido pela deserção de Thors.

(Thorfinn com 6 anos de idade)

Já no meio da viagem rumo ao acampamento dos Jomsvikings, Thors descobre que Thorfinn embarcou escondido. Longe demais da costa para voltar, ele acaba levando o garoto junto, o que se torna sua perdição. Floki havia contratado o bando de Askeladd para assassinar Thors, fazendo parecer que foi um acidente em alto mar, pois ele mesmo não podia sujar as mãos com o sangue do companheiro.

(Floki. Já notaram como toda série sobre vikings tem alguém com esse nome?)

Em uma das paradas para reabastecerem os suprimentos e descansarem um pouco, antes que o barco chegue à costa, é interceptado por Askeladd e seus homens. Thors, mostrando que seu apelido de batalha “o Troll dos Jom” não era em vão, derruba todos os homens de Askeladd sozinho sem os matar e desafia Askeladd para um duelo, pedindo para que os tripulantes sejam libertados caso ele vença. Já no meio do duelo, um dos homens de Askeladd captura Thorfinn e o usa como refém, fazendo Thors se render e se deixar ser morto em frente à todos, não sem que antes Askeladd prometesse libertar todos os que estavam no barco. Thorfinn assiste à cena da morte do seu pai totalmente impotente.

(Askeladd e uma parte do seu bando)

Quando os jovens e o mercador que os acompanhava já estão rumando para casa, em um barco menor conseguido após a batalha, Leif, que era quem antes conduzia o barco rumo ao exército dos Joms, percebe que Thorfinn não estava à bordo. Enquanto isso, o garoto estava no antigo barco, roubado pelo bando de Askeladd, jurando vingança pela morte de seu pai.

A história então dá um avanço, mostrando alguns momentos de Thorfinn lutando contra Askeladd e perdendo, treinando, caçando, crescendo, e sendo usado por Askeladd para cumprir missões de assassinato e como batedor em território inimigo, sempre com a desculpa de que aceitará duelar com ele caso volte vivo.

(Thorfinn já adolescente)

E isso tudo que eu falei até agora é só uma breve resenha dos 3 primeiros episódios! Mas a história não fica nessa monotonia de vingança apenas. Vinland Saga se passa na era Viking, entre os anos de 1.000 e 1050 d.C. Utilizando elementos reais, como nomes de figuras históricas e batalhas, Vinland Saga descreve (com certa liberdade romântica), os acontecimentos durante o período em que o rei dinamarquês Sweyn Forkbeard, ocupou a grande maioria da Inglaterra e todas as lutas dos ingleses para recuperar suas terras. Usando Thorfinn como ponto central, vemos eventos como a luta do príncipe Canute o Grande para se tornar sucessor do trono, as várias expedições vikings à outros continentes e até mesmo, em um momento ainda não alcançado pelo anime, as viagens de Thorfinn até encontrar Vinland.

O próprio protagonista em si foi baseado em uma figua histórica. Thorfinn Karlsefni foi um famoso explorador islandês, conhecido como o primeiro viking a ter um filho com ascendência européia nascido no Novo Mundo, como vieram a ser conhecidas as terras de Vinland (ou Vinlândia, em português), sendo o local exato de seu assentamento nessas terras desconhecido até hoje, havendo a especulação de que ficassem na Terra Nova, uma ilha à nordeste do Canadá.

(Estátua de Thorfinn na Filadélfia)

Vinland Saga é escrita por Makoto Yukimura, produtor conhecido pela série de mangás de ficção científica Planetes (conhecida por sua precisão científica e bom desenvolvimento de personagens). Vinland é publicada pela Kodansha desde 2005, sendo a série licenciada e comercializada no Brasil pela Panini Comics desde fevereiro de 2014.

Devido ao sucesso do mangá, tendo aparecido diversas vezes na lista de top 10 mangás mais vendidos da Tayosha (uma distribuidora de livros e revista famosa no Japão), a série recebeu um anime que está no ar desde 7 de julho de 2019, produzido pela Wit Studio, empresa conhecida pela animação de Attack on Titan. Vinland Saga tem em sua animação um uso equilibrado de técnicas de computação gráfica e 2D. A trilha sonora é muito boa e a letra da primeira abertura casa perfeitamente com a história (apesar de eu ainda acreditar que folk metal na abertura combinaria mais do que vocal gutural).

(Capa brasileira do primeiro volume do mangá)

Apesar de toda a trama interessante, a série não é recomendada para menores de 18 anos e pessoas sensíveis, pois possui cenas de sexo não consensual (as quais são censuradas ao máximo e pouco utilizadas, mas ainda estão presentes), uso pesado de álcool e alucinógenos, linguagem pesada e, obviamente, desmembramentos, sangue e tudo mais de grotesco em relação à tortura e batalhas que se pode imaginar (Tarantino ficaria orgulhoso).

Se você consegue lidar com esse tipo de cenas e manter em mente que as mesmas são utilizadas dentro de um contexto histórico, e não apenas para serem chamativas e absurdas, recomendo fortemente que assista. Agora, se tiver um problema com esse tipo de conteúdo, não se preocupe, pois em posts futuros trarei reviews de animes em estilos mais leves também!

É isso por hoje! Espero que tenham gostado e nos vemos em uma próxima conversa. Até mais taverneiros!

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