ENTENDA GWENT – AULA 1: DICAS PARA INICIANTES!
Introdução
Fala, galera! Começo aqui nova coluna pro site, com o foco em contribuir com a formação do nosso leitor como jogador. A intenção é traduzir minha experiência no jogo em dicas e conselhos que considero bem úteis, sobre temas que vão dos mais básicos – como nesta primeira edição – a alguns mais complicadinhos.
Na aula inaugural, o foco é nos iniciantes, e trago 9 dicas para nortear aqueles que ainda dão os primeiros passos no Gwent!
Dica n°. 1 – Comece pelos Desafios
Assim que começamos o Gwent, logo após o tutorial básico, uma das primeiras coisas que o jogo te indica são os Desafios. Alguns os consideram interessantes, outros acham mais monótonos, mas todos devem começar por eles – por três motivos.
Primeiramente, os Desafios põem o jogador em partidas de teor didático interessante. São, assim, excelentes para se ter a primeira noção de como funciona cada facção. Eu, quando os cumpri, lá nos princípios do Beta Aberto, optei por enfrentar o desafio de cada facção com o baralho inicial dela própria – e recomendo aos novatos que façam o mesmo.
A segundo motivo é que pelos desafios se desbloqueia novos líderes, e dispor de todos eles – ao menos dos três básicos de cada facção – é fundamental para a experiência de jogo.
Por fim, cumprir os Desafios obriga o jogador a passar por número considerável de partidas e, a considerar a dificuldade reduzida que apresentam, funciona como seu batismo no Gwent – um processo suave e amigável, que lhe dará melhor noção de como o jogo funciona.
Dica n°. 2 – Valorize os bônus e missões diários
Como qualquer cardgame, leva tempo para expandir sua coleção e juntar as cartas necessárias para formar um deck forte. Por sorte, Gwent é particularmente generoso nesse aspecto, e oferece recursos gratuitos em volume considerável.
Tais recursos vêm através dos bônus e missões diárias, os quais aconselho a todos que dêem atenção. As missões dão de 40 a 60 de minério, e os bônus mais interessantes são de 100 – por vencer seis rounds no dia – e mais 75 – se for até os dezoito rounds. Coletá-los dá mais de um barril de cartas por dia, o que é bem melhor do que muito jogo oferece por tão pouco tempo investido.
Dica n°. 3 – Explore as facções
Como dito, cada facções possui nuances mecânicas e temáticas particulares – boa parte da riqueza do jogo reside justamente na identidade das cinco.
Por conta disso, é importante que o jogador conheça todas elas. Não é preciso conhecer a fundo todas as cinco e é perfeitamente válido se especializar em apenas uma ou duas, mas é fundamental ter uma boa noção de como funcionam todas elas.
Sob a ótica das opções de jogo, por óbvio, quanto mais você explora as demais facções e aprende a jogar com elas, mais baralhos e arquétipos terá a sua disposição para jogar – seja para variar suas escolhas em função do meta, seja para diversificar seu gameplay – e não cair na mesmice – ou mesmo para montar decks diferentes por mera experimentação e diversão.
Mais do que isso, conhecer as facções, mesmo aquelas com as quais você não pretende jogar muito, é imprescindível para saber o que esperar de cada adversário. Em jogo tão técnico e estratégico como o Gwent, antecipar as possíveis jogadas do oponente é muito importante para maximizar seu aproveitamento nas partidas.
Por tudo isso, recomendo-lhe: jogue com todas as cinco facções, ainda que de vez em quando, mesmo que seja apenas para cumprir missões diárias ou participar dos Desafios de Facções!
Dico n°. 4 -Use a comunidade
Desde quando comecei no Gwent, a atividade da comunidade sempre me chamou atenção. Para um jogo tão novo, a quantidade e, principalmente, a qualidade do conteúdo produzido por e para jogadores é excepcional.
São diversos sites especializados e canais do Youtube e da Twitch. Guias, escritos ou em vídeo; gameplays, gravadas ou ao vivo; artigos técnicos; notícias; eventos etc. Encontra-se de tudo – em português, inglês ou qualquer outra língua a escolha.
Portanto, é sábio beber do conhecimento de quem já está em atividade há mais tempo que você e, melhor ainda, oferece esse conhecimento a quem tiver interesse.
Dica n°. 5 – Netdeckar, mas com consciência
Como dito acima: aprenda com quem sabe mais. Parte disso inclui utilizar modelos de decks montados por outros jogadores e disponibilizados para tanto na rede – o famoso netdecking.
Meu conselho é: não tenha vergonha de netdeckar. Digo ainda mais, todo mundo faz isso, mesmo jogadores experientes. Para os mais novatos, é muito interessante pegar na internet a lista de outra pessoa e por ela em prática. É ótimo para se situar no meta e ainda melhor para adquirir competitividade. Para os mais escolados, é muito mais eficaz aprender um novo arquétipo a partir de bases já estabelecidas e testadas por outros jogadores.
No entanto, é importante ter em mente que não existe lista perfeita ou absoluta, e que o jogador deve SEMPRE analisar o que tem em mãos e, se possível, adaptar aquilo a seu estilo de jogo. Quem publica guia na internet é jogador, e você, que também é, está apto a discordar das opções feitas por ele e substituí-las pelo que entender por bem.
Quando digo para ter consciência, me refiro justamente a ter senso próprio e tentar não só copiar o que outra pessoa joga, mas entender o porque de cada carta e se sentir capaz de fazer alterações conforme seu ambiente de jogo – ex: casual, ranqueadas pré 3600, ranqueadas pós 4200 etc. Com consciência e autonomia, o netdecking te fará um jogador muito melhor.
Dica n°. 6 – Atenção às atualizações
O Gwent está em constante evolução e o meta muda a cada atualização. Como resultado, o que é tier 1 hoje, pode ser tier 2 ou 3 no mês que vem. Exemplo disso é o arquétipo de anões, irrelevante até meados de dezembro, bicho papão dali em diante e pouco usado nesta temporada de fevereiro.
Atualmente, as atualizações saem em sincronia com a temporada. Algum tempo antes já se tem conhecimento da maioria das mudanças e balanceamentos, e já se pode ter algum ideia do que será do meta. Portanto, é sempre importante ficar ligado, tanto para saber o que vai enfrentar por aí quanto para saber o que foi nerfado/buffado nos seus baralhos, ou mesmo identificar novos arquétipos que se fizerem viáveis.
Dica n°. 7 – Inteligência para moer cartas
O recurso de moer lhe permite converter o que você não pretende usar e gerar restos, que serão usados para criar novas cartas. Assim, é sempre tentador usar o botão “moer cartas sobressalentes” e craftar o que lhe tiver faltando. Ao contrário disso, recomendo paciência e inteligência na hora de moer, o que significa nunca apertar o tal botão!
Isso por que cada atualização traz uma lista de cartas que, em função de nerfs, poderão, por alguns dias, ser moídas pelo valor de craft, ou seja, pela quantidade de restos que seria necessária para criar aquela carta. Assim, se o jogador, ao invés de moer indistintamente as sobressalentes, aguardar o lançamento de patches e moer só aquilo pelo que se oferece bônus, otimizará os recursos disponíveis. Cumpre salientar que o valor de craft é quatro vezes o ganho por moer, e essa diferença não pode ser menosprezada!
Assim, se está precisando de algumas cartas específicas para integrar o baralho com o qual quer jogar, vá em frente e moa o que bem entender! Por outro lado, se for moer sobressalentes pelo simples fato de não ter uso para elas, sem finalidade específica, é muito mais inteligente esperar nerfs e os consequentes bônus.
Dica n°. 8 – Jogue por diversão
O clichê mais verdadeiro de todos. Se não está se divertindo, não jogue. Não transforme seu Gwent numa experiência mecânica e exaustiva com o simples fito de vencer partidas ou subir de rank.
Use decks que te divertem, ainda que eles não sejam os melhores no meta. Se o que te diverte é ganhar, use o que tiver de melhor. Se, por outro lado, gosta mais de experimentar, vá em frente. Zuar tudo? Tem muito deck meme interessante por aí. Faça o que te der na telha, pois o jogo é seu, a vida é sua, e só isso importa. Gwent é um jogo, e jogo é lazer.
Isso fará de você um jogador melhor? Na verdade, sim. Jogar com gosto melhora sua concentração no que faz e promove sua criatividade para tornar o que gosta em algo competitivo. Se você não curte os baralhos que usa, seu jogo ficará mecânico, desatento, repetitivo e mais suscetível a erros.
Portanto, jogue por diversão, não por vitórias. Um jogo chato não trás nada para sua vida.
Dica n°. 9 – Convide seus amigos
Ainda na esteira da dica anterior – o importante é o lazer- tudo pode ficar mais interessante quando é compartilhado com outras pessoas. Trazer seus amigos para o Gwent não só promove o crescimento do jogo como te dá uma razão a mais para jogar.
Seja para armar partidas pré-definidas, campeonatinhos particulares ou apenas conversar sobre o jogo – inclusive para reclamar – é muito bom ter amigos jogando a mesma coisa que você. A experiência se torna mais prazerosa, em todos os aspectos.
Se esse texto te acrescentou algo, compartilhe nos comentários! A Aula 2 sai na quarta-feira, 28/02, e será sobre sobre o lance da moeda e a vantagem de cartas, cujo entendimento, a meu ver, é o que separa os iniciantes dos intermediários! Até!