GreedFall: Preenchendo o vazio da BioWare ou decepcionando como a Bethesda?
Na última terça-feira (10) um muito aguardado jogo foi lançado, GreedFall, da desenvolvedora independente Spiders, mesmo estúdio por trás de The Technomancer (2016).
Desde os seus mais recentes trailers e trechos de gameplay este jogo veio ganhando muita atenção e a ser muito aguardado pela comunidade gamer, especialmente por suas similaridades com vários títulos muito aclamados como Dragon Age, Assassin’s Creed IV – Black Flag e The Witcher 3 – Wild Hunt. Mas após o seu lançamento, será que o jogo está a altura de seu hype? Na última semana tivemos a oportunidade de explorar um pouco a Ilha de Teer Fradee e trazemos aqui nossas impressões, sem spoilers, sobre o game.
O jogo é ambientado em um mundo fictício que lembra muito a América Colonial durante os séculos XVII e XVIII. Nele você encontrará várias facções e a sua relação com cada uma delas depende de suas escolhas no decorrer do game, seja em missões principais ou secundárias. Neste game você controla De Sardet, um nobre de Sérène, que está a caminho do “novo mundo”, representando a Congregação de Comerciantes/Mercadores em busca de uma cura para uma praga que caiu sobre o seu povo.
Logo no início, você poderá escolher o gênero e aparência de seu personagem (apesar de existirem poucas opções) e então escolherá o perfil de habilidades com que gostaria de começar o jogo.
Estes perfis são parte de um sistema fluido de classes, inicialmente escolhemos entre três perfis diferentes: Warrior, Technical e Magic, no decorrer da história podemos customizar nossa árvore de habilidades de acordo com nosso playstyle, também temos uma árvore de atributos e uma outra de talentos, combinados formam o seu perfil ideal, sem ficar preso em nenhum perfil específico.
Assim como previsto, o jogo lembra muito os jogos clássicos da BioWare, seja por sua ambientação como também por se tratar de um RPG altamente focado no desenvolvimento da história onde suas escolhas tem resultados, sejam eles bons ou ruins.
O jogo foi desenvolvido por uma equipe bem pequena se comparada a estúdios da BioWare, Bethesda e CD Projekt Red, contando com cerca de 20 funcionários utilizando a “Silk Engine”.
Em um primeiro momento nossa reação ao jogá-lo foi: é um game datado. Seja por seu baixo orçamento ou limitações de seu motor gráfico, o jogo parece ter sido lançado a pelo menos 5 anos. É possível notar isso pela qualidade das texturas, animações dos personagens dentre outros fatores, mas será que isso é tão importante assim?
Durante nossas primeiras horas de jogo ficou claro o grande empenho dos desenvolvedores para criar uma história rica, com muitos diálogos, onde suas escolhas realmente importam. O jogo oferece múltiplas formas de completar até mesmo missões secundárias: você quer arriscar e enfrentar diretamente os inimigos ou prefere ser stealth e evitar conflitos? A escolha é sua.
Como mencionado anteriormente o jogo sofre com alguns problemas técnicos, seu desempenho não é tão fluido no PC e em todas as plataformas apresenta falhas no lipsynch em todo o decorrer do jogo.
Este game não é inteiramente de mundo aberto, ao invés disso contamos com áreas de exploração, como em The Witcher 2 – Assassin’s of Kings e Dragon Age – Inquisition. Dispomos também de um conjunto variado de habilidades e armas, porém ainda que variado é limitado devido a escala do game.
Se você vai experimentar esse jogo deve ter em mente que apesar de parecido, não se trata de um Dragon Age ou um The Witcher. Existe uma variedade de inimigos, humanos e monstros, mas não temos dragões, escolhidos, anões ou elfos. Ao invés disso o jogo possui uma abordagem única amplamente inspirada no Período Colonial, com os colonizadores avançando em terras desconhecidas indo de encontro aos nativos. O jogo possui mais de um final e como player resta a você decidir: Em que lado você está?
Com estas informações esperamos que vocês tenham uma ideia do que esperar no mundo de GreedFall.