A CD Projekt Red, desenvolvedora de The Witcher, lançará Gwent: Rogue Mage – um roguelike de construção de deck para um jogador. E o lançamento já será amanhã, 7 de julho, para PC, iOS e Android.

Anteriormente conhecido como Project Golden Nekker, Rogue Mage é marcado como uma expansão de Gwent e mantém a mecânica principal do jogo de cartas, no entanto será vendido separadamente do original multiplayer. A versão padrão estará disponível por US$ 9,99, enquanto uma edição premium – que vem com skins, cosméticos e pacotes de cartas para o jogo multiplayer – custará US$ 19,99.

“Rogue Mage saiu de nossa percepção que, anos após o lançamento de The Witcher 3, há um número significativo de jogadores que querem uma experiência mais PvE de Gwent”, disse o diretor do jogo, Vladimir Tortsov.

“Embora o multiplayer de Gwent seja um jogo fantástico para quem procura uma ótima experiência multiplayer PvP, entendemos perfeitamente que muitos jogadores de Witcher adoraram o minijogo original de Gwent por razões totalmente diferentes. Com Rogue Mage temos como objetivo dar a essa audiência razão para jogar o novo Gwent no formato que preferem”.

Tivemos a chance de jogar Rogue Mage antes de sua data de lançamento, e definitivamente parece uma reminiscência da versão de The Witcher 3 de Gwent, embora obviamente ambientada em um formato roguelike. Muito parecido com o original, os jogadores usarão personagens do mundo Witcher, como Dandelion, Zoltan e Yennefer, mas Rogue Mage usa cartas da versão multiplayer de Gwent. Embora isso signifique que a mecânica é um pouco mais complexa, as cartas são apresentadas em pacotes mais simples que não são tão assustadores quanto entrar na versão multiplayer pela primeira vez.

“Há um número significativo de jogadores que querem uma experiência mais PvE de Gwent.”

Os jogadores só começam com cerca de uma dúzia de cartas em seu baralho e cada baralho se concentra em um tema principal fácil de entender. O primeiro baralho tem foco em uma mecânica de reforço, por exemplo, o que significa que você saberá que cada carta nele geralmente aumenta outra ou faz algo legal quando se reforça. Existem quatro baralhos no total, embora você também possa escolher entre três cartas-chave para construir em cada baralho.

Mais cartas podem ser adicionadas ao explorar o mapa, contudo elas geralmente chegam uma de cada vez, o que significa que não há uma quantidade esmagadora de informações apresentadas de uma só vez. Os jogadores ganham experiência durante cada partida e subir de nível aumenta o conjunto (e o poder) de cartas disponíveis para você na próxima.

Tortsov estimou que os jogadores levarão mais de 30 horas para coletar e fazer tudo no jogo (e Rogue Mage inclui um extenso conjunto de conquistas para desbloquear também), embora os loops do game sejam divididos em rajadas mais curtas que podem levar cerca de uma hora.

Gwent: Rogue Mage acompanha o mago Alzur, enquanto ele tenta criar o primeiro Witcher.

A mecânica roguelike significa que você entra no mapa e progride pelo caminho escolhido antes de superar o chefe final ou sere derrotado ao longo do caminho. Algumas tentativas podem, portanto, acabar em alguns minutos se um inimigo se mostrar muito forte – para aqueles que buscam esse tipo de desafio, Rogue Mage também inclui dezenas de modificadores de dificuldade para torná-lo tão relaxante ou implacável quanto você preferir.

A história de Rogue Mage acontece centenas de anos antes de Geralt nascer, onde você assume o papel do mago Alzur enquanto ele tenta criar o primeiro bruxo. Ao se mover por um mapa gerado processualmente, você participa de batalhas de Gwent, enfrenta dilemas morais semelhantes aos da série The Witcher e interage com Places of Power e outros locais para reforçar sua coleção de cartas.

No entanto, Rogue Mage não apresenta a história detalhada que os fãs dos jogos, livros ou programas de TV de Witcher podem esperar. Como Tortsov explicou, a equipe de desenvolvimento priorizou a jogabilidade sobre a narrativa. “Embora tenhamos uma história para contar sobre a obsessão de Alzur em criar o primeiro bruxo, não tratamos essa expansão como uma adição oficial à tradição de The Witcher”, disse ele.

“Nosso objetivo com a história de Rogue Mage é dar aos jogadores contexto suficiente sobre quem é Alzur, qual é sua motivação e o cenário geral do mundo em que ele vive. Esperamos que os jogadores tenham imersão suficiente para complementar a fórmula de jogabilidade em primeiro lugar, porém não esperamos que a história seja a principal razão para os jogadores apreciarem este lançamento.”

A CD Projekt Red decidiu lançar Rogue Mage como um pacote separado para Gwent multiplayer devido ao seu tamanho, uma vez em que o projeto cresceu consideravelmente desde que foi sugerido pela primeira vez, no final de 2019. “Em vez de cortar a campanha em várias partes e usar microtransações para permitir que os jogadores progridam entre os capítulos, decidimos torná-lo um título simples de comprar e jogar”, disse Tortsov.

A decisão de lançar Rogue Mage como autônomo também foi tomada para que ele pudesse ser totalmente jogável sem uma conexão com a internet. Embora apresente alguns recursos apenas online, como tabelas de classificação e progressão de salvamento cross-save, a experiência geral é criada para uso offline de um único jogador.

Provavelmente será a única experiência solo de Witcher que os fãs da franquia poderão desfrutar por um tempo, já que o próximo jogo principal só entrou em pré-produção em maio. A CD Projekt Red está bem sigilosa sobre isso, além de dizer que o game está sendo feito no Unreal Engine 5 e que seu diretor de jogo – que foi o diretor anterior de Gwent – prometeu que não haverá crunch sob sua supervisão.

Fonte IGN Tradução

Imagens CD Projekt Red