“THE WITCHER — NETFLIX” e “TITANIC”; O paralelo da ficção atual e a realidade passada.
Durante a sua viagem inaugural em 1914, o maior e mais luxuoso navio do mundo que posteriormente viria a se tornar o mais famoso, o Titanic, recebeu inúmeros avisos sobre o perigo que estava correndo, naquela época campos de gelo e gigantescos Icebergs se encontravam nas rotas marítimas do Atlântico Norte. Por conta da empáfia que tomava conta daqueles que estavam no comando do gigantesco transatlântico, os avisos foram ignorados e o curso do navio foi mantido a todo vapor.
A arrogância precedeu a tragédia, o então visto como maior e mais forte objeto móvel até então já criado chocou-se com um Iceberg, com um poder destrutivo equivalente a uma montanha de granito, que feriu mortalmente o navio e causou o maior desastre de navio de passageiros da história.
E o quê tudo isso têm haver? Com a série “The Witcher” da Netflix?. Pode-se perguntar…
Inicialmente devemos abordar o início. Desde o seu anúncio, a série trouxe a si uma grande expectativa e ansiedade junto a Fandom de The Witcher. Afinal, qual fã não ficaria entusiasmado com o fato de uma adaptação visual de histórias até então que estavam apenas nas páginas? Logo em seguida começou-se os rumores de qual ator daria vida ao nosso querido Geralt de Rívia, causando uma explosão de euforia no público quando o ator Henry Cavill (Um dos mais amados atores pela comunidade Geek) famoso principalmente pelo seu brilhante trabalho e performance como “Superman”… A partir daí o hype para com a série já estava nas alturas em especial para os fãs mais antigos.
A euforia deu-se então lugar a preocupação, com o passar do tempo e a apresentação do elenco da série, uma boa parte daqueles que antes estavam eufóricos agora ligavam o sinal de alerta.
Após a estreia da primeira temporada, com seus altos e baixos e graças principalmente a presença e performance do ator que dava a vida ao protagonista (Henry Cavill) a mesma saiu-se bem, acarretando numa confirmação de uma sequência. Uma sequência que trazia consigo principalmente um investimento maior, se compararmos com a temporada anterior, Marketing foi utilizado em peso, eventos, teases e trailers… A espera pela temporada teve um momento de ápice perante a opinião pública o sentimento de “Agora vai…”. No entanto foi respondido com uma produção que mesmo que tenha tido uma evolução gigantesca correlação a efeitos especiais, cenários, efeitos especiais… Mostrou-se um chute no balde no roteiro da obra original, isso não apenas irritou boa parte dos fãs como também destoa a produção de seu material origem, matando assim a simbologia, narrativa, valores e reflexões trazidas na rica história do romance polonês.
O Feedback vindo da Fandom ecoava pelas salas dos roteiristas e sets de filmagens dos atores, puxando para a analogia feita neste texto; É como se Lauren Schmidt Hissrich, Showruner responsável pela série, estivesse fazendo exatamente como o Capitão Edward Smith fez enquanto comandava o Titanic em sua viajem inalgural. Se por um lado um não deu ouvidos aos alertas sobre o gelo em sua rota e manteve os motores a todo vapor a frente, a outra mantém uma prepotente posição mantendo-se contra aos pedidos da fanbase! Sobre a desculpa nas palavras da mesma de “Uma interpretação moderna dos livros…” Schmidt toma o caminho que outras “adaptações” escolheram por meio de seus “responsáveis” na atualidade, o resultado foi nítido; “Produções Flopladas” em larga escala.
A tragédia de 1912, teve como seus atenuantes os botes salva vidas, que permitiu o salvamento de pouco mais de 700 vidas. Até o ano de 2022 o bote Salva vidas da produção da Netflix; Chamava-se Henry Cavill. O ator logo conquistou a Fandom se mostrando um fã da saga, alguém que buscou a todo momento se adaptar ao romance polonês E NÃO ADAPTAR A OBRA para encaixar-se numa cartilha moderna estúpida! Cavill se mostrou e agiu como qualquer fã adoraria que alguém que fosse interpretar o seu personagem agisse, estudou o personagem, entendeu a narrativa, o personagem, suas motivações, o contexto da história… Sendo o mesmo o motivo de críticas mais mornas e de uma tolerância maior da Fandom para com as péssimas escolhas dos roteiristas. Sem o mesmo agora na pele do Lobo Branco, o que pode-se esperar é um teor mais ácido de críticas além obviamente da decadência da audiência, já sentida da 3 temporada.
Ignorando os avisos e sem botes salva-vidas suficientes a bordo, uma tragédia infelizmente ocorreu ao colossal transatlântico… A narrativa de um “Um ato trágico de Deus” ou “Gigantesca coincidências dos acontecimentos” foi o que girou em torno da história do Titanic quando contata em produções como filmes. Entretanto o lado real do história envolve negligência, prepotência e muita arrogância daqueles que o conduziam.
Novamente vemos isso ocorrer, desta vez em The Witcher da Netflix, a arrogância de seus roteiristas, a prepotência das decisões de sua Showruner e a empáfia da equipe de produção como um todo, faz com que os avisos e pedidos dos fãs sejam negligenciados igualmente como os avisos de gelo na fatídica data foram. De escolha de atores a mudanças de roteiro, de mudanças de acontecimentos a desvios grotescos na história, cada sinal e a reação que o mesmo causa no público não aparenta ser visto pelos que comandam a produção.
Por mais encantador e lendário que o Titanic seja, é ainda uma história real e trágica, e as decisões da produção da Netflix em contraste com o que ocorreu naquela noite segue, em sua realidade, o mesmo caminho. Mesmo que alguns “críticos” não aceitem ou não desejem, o destino da produção pode já estar traçado pelos mesmos que deram vida a adaptação dos livros de Sapkowski, um destino que nenhum fã deseja a nenhuma coisa que leve a “marca” The Witcher. A realidade não se importa com nossos desejos.
Aqui pode-se dizer aos que ainda acreditam na produção sob o comando de Lauren Schmidt Hissrich: “Boa sorte, se vocês acreditam que esse Titanic dessa vez irá sobreviver ao Iceberg…”
