Análise de Arquétipo 2: Anões – Scoia’tael
ANÁLISE DE ARQUÉTIPO #2: ANÕES – SCOIA’TAEL
Introdução
O arquétipo Anões – Scoia’tael é antigo no Gwent e já apresentou diversas facetas, algumas bem eficientes, outras nem tanto. Com o patch de dezembro, no entanto, buffs pontuais e a introdução de cartas interessantes representaram reforços que catapultaram o arquétipo ao topo do meta. Analisaremos hoje o que o faz tão popular e eficaz.
Esclareça-se, de antemão, que as opiniões contidas no texto podem não refletir o pensamento dos demais membros do Taverna e que toda divergência expressa com educação é saudável e muito bem vinda. Isto é um espaço para debate, antes de tudo!
À análise!
Prós e Contras
Prós:
– Tempo muito forte durante toda a partida;
– Insuscetível a disrupção;
– Não apresenta fraquezas exploráveis;
– Excelentes jogadas finais;
– Cartas ouro capazes de desequilibrar o round;
– Fácil de usar;
Contras:
– Baixo potencial disruptivo;
Conceito e Dinâmica do Arquétipo
O conceito do deck é bem simples: reunir anões de bronze de valor considerável e complementá-los com cartas ouro e prata que ofereçam ainda mais pontos – tudo amarrado com nível moderado de sinergia.
Com o olhar detido sobre o conjunto de bronzes mais utilizado, nota-se que dificilmente uma jogada gerará menos que 12 pontos – que é o valor de Anão Escaramuçador e Guarda de Mahakam. Se qualquer dessas cartas vier puxada pelo Anão Agitador, o valor sobe para 14 pontos. Bom demais para cartas bronze que não exigem set up.
As pratas não deixam por menos. Barclay Els vale ao menos 17 pontos. Paulie Dahlberg faz o mínimo de 16, mas facilmente bate os 19 pontos. Hattori vai reviver Barclay para totalizar 20 ou mais. Isca simplesmente reutiliza qualquer desses três. Dennis Cranmer fortalece o deck inteiro e já cai na mesa como uma porrada de 8+1 para cada outro anão no seu campo – que facilmente estará apinhado deles.
Nenhum outro arquétipo dispõe de pratas desse nível, e o deck ainda conta com Brouver Hoog como líder, para tutorar qualquer delas, a conferir consistência extra.
Para completar, Scoia’tael, atualmente, conta com algumas das ouros mais poderosas do jogo. Ithlinne combinada com Tremores é inigualável em round longo, e com Trovão de Alzur bate os 20 pontos com enorme potencial de remoção. Aglaïs representa muito valor total, já que praticamente todo deck usa ao menos uma carta especial decente em cada jogo. Schirrú e Geralt: Igni counteram estratégias baseadas em unidades grandes e a tão popular Ciri: Nova. Iorveth: Meditação, apesar de um pouco situacional, pode facilmente bater os 20 pontos. Xavier Moran, menos utilizado, tende a valer 18 ou 19 pontos. O único problema é só poder escolher quatro.
A dinâmica do deck, portanto, é impor ritmo forte por meio de bronzes e se apoiar nas pratas e ouros para picos de pontuação quando necessário. Simples e assustadoramente eficiente.
Avaliação
O deck tem dominado as ranqueadas desde os primeiros dias do último patch, por ser fácil de pilotar e muito difícil de bater. É, provavelmente, o mais forte e consistente do meta.
Lista Exemplificativa
Bronzes:
3x Voluntários de Mahakam
3x Guarda de Mahakam
3x Anão Escaramuçador
3x Anão Agitador
1x Dançarina de Guerra
1x Trovão de Alzur
1x Tremores
Pratas:
Barclay Els
Paulie Dahlberg
Hattori
Dennis Cranmer
Yaevinn
Isca
Ouros:
Ithlinne
Aglaïs
Iorveth: Meditação
Schirrú
Versão mais pura e conservadora do deck. Existem diversas variantes, no entanto, algumas das quais optam por utilizar Eithné como líder, igualmente poderosas, ou até melhores.
Como Derrotar
O arquétipo se baseia em jogadas fortes e constantes que não exigem quase nenhum set up. Por essa razão, não apresenta fraquezas que poderiam ser exploradas por decks de característica disruptiva. Também, suas unidades raramente passam dos 12 pontos de força, então a vulnerabilidade a Incinerar e efeitos semelhantes é baixa. Tentar bater Anões com base em contra-jogo, portanto, não é abordagem frutífera.
A aposta é partir para proatividade e ganância, a aproveitar o baixo potencial disruptivo de Anões para desenvolver seu plano de jogo sem maiores percalços. Estratégias como Consumir + Nekkers, por exemplo, quando não respondidas – e Anões dificilmente o fará – tendem a gerar mais pontos, especialmente no último round, e apresentam certa vantagem no confronto direto.
Mesmo assim, tenha em mente que o arquétipo em comento, mesmo diante de estratégias gananciosas, possui grande chance de sair vitorioso, tamanho é seu poder bruto.
Crítica
Anões é forte demais para um arquétipo tão fácil de pilotar e que não apresenta fraquezas exploráveis. Em razão disso, assumiu dominância e popularidade em níveis nada saudáveis para o meta.
Em verdade, o arquétipo é o definidor do meta atual, ou seja, o referencial pelo qual os demais decks tem sua viabilidade avaliada. Em outras palavras, qualquer deck que não seja capaz de vencê-lo com alguma regularidade simplesmente não é viável – ao menos nas instâncias mais competitivas das ranqueadas. Decks de controle, por exemplo, tendem a ser fracos contra Anões e, portanto, se tornaram consideravelmente menos populares. nas últimas semanas – salvo exceções.
Com olhar crítico, é fácil perceber que Anões não deveria ter tanto poder de fogo – especialmente por não oferecer contra-jogo. Bronzes com média de 13-14 pontos, pratas que facilmente batem 18 pontos e ouros que, em certos contextos, simplesmente definem por completo o round – exemplo: Ithlinne + Tremores – é conjunto claramente desproporcional.
Por falar nas pratas, outro aspecto que soa incongruente é a existência de três cartas com basicamente a mesma proposta: corpo pequeno que puxa um anão forte. Barclay Els, Paulie Dahlberg e Hattori, com pequenas diferenças, impactam o jogo da mesma forma, e todos com nível de poder exagerado para cartas prata.
Olhar para Paulie e Hattori ainda levanta outra questão: facção sem qualquer ligação temática com jogo de cemitério precisa mesmo de duas cartas de ressurreição para o mesmo arquétipo? Não faz muito sentido.
Como forma de tornar o arquétipo mais justo, soa interessante promover pequenas reduções de pontos em algumas cartas. Reduzir Escaramuçadores para 6 de poder base e Guarda de Mahakam para 8 parece coerente, visto que se manteriam jogadas de 13 pontos quando puxados por Agitadores, ou 12 se sob o fortalecimento de Dennis Cranmer. Nas pratas, ou Paulie ou Hattori poderiam ser retrabalhadas em algo que não seja ressurreição para anões. Nas ouros, Aglaïs poderia ter um pouco menos de poder base – algo em torno de 7 – e Ithlinne sofrer algum tipo de nerf – já que sua feição atual será sempre hiper-poderosa, a menos que os feitiços de bronze sejam todos muito fracos, o que não é o caso.
E você, o que acha de Anões – Scoia’tael? Compartilhe conosco nos comentários suas impressões sobre o arquétipo, bem como seus pensamentos sobre possíveis formas de reduzir sua dominância sobre o meta!
Até a próxima!