A ORIGEM DAS CARTAS DO GWENT — EPISÓDIO #16 — CRACH AN CRAITE
Quando se fala das famosas Ilhas de Skellige é difícil não pensar no icônico líder Crach an Craite.
Ele também é conhecido nas histórias de The Witcher como “Javali do mar”, é sobrinho do Rei Bran e protegido de Eist Tuirseach, rei de Cintra.
Sua primeira aparição nos livros se dá no conto “Uma questão de preço” do livro “O último desejo”, onde an Craite é um dos pretendentes à esposo de Pavetta, filha da leoa de Cintra, Calanthe.
O duque é descrito em sua juventude como um rapaz de calos ruivos e jeito espalhafatoso. No conto, como convidado da festa de apresentação de pretendentes à mão de Pavetta, an Craite exagera no consumo de bebida alcóolica e passa grande parte da noite impondo seu modo de travar guerras para os demais companheiros.
“A animação em torno da mesa aumentava na razão direta em que o conteúdo dos jarros de cerveja diminuía. O ruivo Crach an Craite encontrou uma audiência simpática à sua descrição da batalha de Thwyth. No mapa que havia desenhado no tampo da mesa com o auxílio de um osso com restos de carne embebido em molho, expunha aos gritos o plano estratégico do confronto.”
Depois de ter sua pretendente entregue a um pretendente duvidoso, an Craite fica furioso e inicia um conflito no castelo, mas acaba sendo atingido e finaliza sua participação neste conto tentando se recuperar, com a boca cheia de sangue.
Anos depois, durante os acontecimentos do livro “A torre da andorinha”, como um líder de Skellige, auxilia Yennefer de Vengerberg a socorrer Ciri, pois prometeu à família da menina que ajudaria a protegê-la sempre que fosse necessário.
“Yennefer viu a ruiva cabeleira de Crach an Craite, o duque de Skellige, que dominava sobre as outras cabeças e foi um dos últimos a descer de Ringhorn. O duque gritava, distribuindo ordens, certificando-se, cuidando de tudo. Duas mulheres – uma de cabelo claro, outra morena – choravam com o olhar fixo nele. Choravam de felicidade. O duque, enfim seguro de ter cuidado e ter dado conta de tudo, aproximou-se das duas mulheres, beijou-as e abraçou-as com força. E depois ergueu a cabeça e viu Yennefer. Seus olhos fulguraram, seu rosto bronzeado endureceu, tornou-se pedra de um arrecife ou o umbo de latão de um escudo. “
Apesar da confusão em sua primeira aparição, ele explica que as tensões foram amenizadas e por fim acompanhou o crescimento de Ciri e manteve contato e amizade com a família real de Cintra.
“– Mesmo depois do acidente de Pavetta? Pensei que Calanthe lhe tivesse proibido de vir aqui.
– Você sabia disso? – olhou para ela com ar de suspeita. – Pois é, você sabe muito, Yennefer. Muito mesmo. A ira e as proibições de Calanthe não duraram mais que seis meses, depois Ciri voltou a passar os verões e invernos aqui… Andava de patins que nem uma endiabrada, mas saltar de “salmão” competindo com os meninos? E desafiar Hjalmar? Isso já era demais!”
Fontes:
thewitcher.wikia.com
Andrzej Sapkowski – O último desejo
Andrzej Sapkowski – A torre da andorinha