Batismo de Fogo – Livro 5
O Batismo de fogo é um livro de Ficção e Romance lançado em 1996, criado pelo autor Polonês Andrzej Sapkowski, com o proeminente sucesso do primeiro livro da série The Witcher, chegando a sua 5° versão, Geralt um bruxo. Um feiticeiro cheio de astúcia. Um matador impiedoso. Um assassino de sangue-frio, treinado desde a infância para caçar e eliminar monstros. Seu único objetivo: destruir as criaturas do mal que assolam o mundo.
Após os eventos de O sangue dos Elfos, A Conferencia dos magos, foi atacada por diversas pessoas que estavam procurando pela herdeira de Cintra, Geralt e Yennefer em meio ao caos, na busca por sua “Filha” acabam tomando rumos diferentes, onde cada um deve se proteger como sabe.
Após o ataque cessar, geralt acorda na Floresta de Brokilon, totalmente ferido, e sem Ciri e Yennefer, a Princesa de Cintra continua desaparecida, rumores seguem até os ouvidos de geralt que a mesma está na corte de Nilfgaard e irá se casar com o Imperador. Geralt mesmo ferido decide ir até Nilfgaard para impedir o casamento.
Milva (Maria Barring):
Maria Barring, conhecida como Milva pelas dríades de Brokilon e Sor’ca pela Elfos, foi uma arqueira proveniente do Alto Sodden e uma das Não-Dríades que eram toleradas em Brokilon. Milva é descendente de uma Família de Caçadores, ela foi treinada inicialmente pelo Pai até o irmão morrer em um acidente. Depois da Morte do pai, a Mãe de Milva de casou novamente, O pai abusava de Milva quando a mãe não estava presente em casa.
Até que um dia Milva, nocauteou (ou perfurou) o Padrasto com um ancinho e o chutou diversas vezes, e ele continuava mentindo e tossindo sangue, até que Milva fugiu de casa não importando se ele sobreviveu. Mais tarde ouviu rumores que ele havia falecido e a mãe dias depois.
Ela conheceu o Bruxo Geralt durante sua estadia na Floresta de Brokilon, onde após alguns eventos de conversa entre eles e mais tarde, ela decide acompanhar o bruxo que estava em um estado péssimo, até a Fronteira de Nilfgaard, onde a Princesa Cirilla iria se casar com o Imperador.
Os Capítulos:
Capitulo Primeiro
Capitulo Segundo
Capitulo Terceiro
Capitulo Quarto
Capitulo Quinto
Capitulo Sexto
Capitulo Sétimo
A seguir um Fragmento do Primeiro Capitulo:
Quando Milva voltou a Brokilon depois de doze dias, o bruxo já conseguia andar. Mancava um pouco e levemente arrastava o quadril, mas já andava. Milva não ficou surpresa. Sabia das propriedades mágicas e curativas da água da floresta e da erva conynhael, conhecia as habilidades de Aglais, pois várias vezes testemunhara a cura instantânea das dríades feridas, e lhe parecia que os boatos sobre a força e a resistência dos bruxos eram verdadeiros.
Depois de sua chegada, demorou a ir a Col Serrai, apesar de as dríades falarem que Gwynbleidd estava ansioso para vê-la. Agiu assim de propósito, ainda descontente com a missão que lhe fora dada. Queria, com isso, demonstrar sua irritação.
Primeiro, escoltou ao acampamento os elfos do comando dos Esquilos que vieram com ela. Então, relatou com detalhes os acontecimentos no caminho, avisou as dríades do bloqueio da fronteira preparado pelos humanos no Wstazka e só depois de ser advertida pela terceira vez tomou banho, trocou de roupa e foi ver o bruxo.
Ele a esperava na ponta da clareira, no lugar onde cresciam os cedros. Caminhava, de vez em quando se sentava, endireitava as costas com agilidade. Pelo visto, Aglais recomendou que se exercitasse.
– Que notícias traz? – perguntou logo depois de cumprimentá-la, mas ela não se deixou enganar pela frieza de sua voz.
– A guerra parece estar chegando ao fim – respondeu, dando de ombros. – Dizem que Nilfgaard aniquilou Lyria e Aedirn. Verden se entregou, e o rei de Temeria fez um acordo com o imperador nilfgaardiano. Os elfos no vale das Flores proclamaram o próprio reino, pois os Scoia’tael de Temeria e da Redânia não chegaram até lá. Continuam lutando.
– Não era isso o que eu queria saber.
– Não? – Milva fingiu estar surpresa. – Ah, claro. Passei por Dorian, como você me solicitou, apesar de ter de desviar do caminho. São perigosos aqueles lados…
Interrompeu-se, alongou-se. Dessa vez ele não a apressou.
– O tal Codringher – perguntou ela por fim –, que você pediu que eu visitasse, era seu amigo?
O rosto do bruxo ficou impassível, mas Milva sabia que ele havia entendido de primeira.
– Não, não era.
– Melhor assim – continuou, à vontade –, pois ele já não está entre os vivos. Morreu no incêndio que tomou sua casa, da qual restaram apenas a chaminé e metade da parede da frente. Boatos correm soltos em toda Dorian. Uns falam que o tal Codringher era bruxo e produzia poções mágicas; outros, que tinha feito um pacto com o diabo e foi então consumido pelo fogo do capeta. Há também quem diga que enfiou o nariz e os dedos no lugar errado, como era de seu costume. Alguém não gostou disso e simplesmente o matou e incendiou a casa para não deixar vestígios. E você, o que pensa disso?
Sua pergunta foi ignorada, não despertando uma emoção sequer no rosto pálido. Continuou então, com o mesmo tom malicioso e arrogante: – O interessante é que esse incêndio e a morte do tal Codringher ocorreram na primeira lua nova de julho, ao mesmo tempo que o tumulto na ilha de Thanedd. Exatamente como se alguém suspeitasse de que Codringher sabia algo do motim e que ia ser perguntado pelos detalhes. Como se alguém tentasse calar-lhe a boca para sempre, silenciar-lhe a língua. O que me diz sobre isso? Ah! Estou vendo que não vai dizer nada. Está calado! Então eu é que vou lhe dizer uma coisa: o que você faz é perigoso, essa espionagem e esse interrogatório. Talvez alguém queira calar outras bocas e fechar outros ouvidos além dos de Codringher. É o que penso.
– Perdoe-me – disse o bruxo após um momento. – Você tem razão. Eu a expus ao perigo. Foi uma tarefa arriscada demais para…
– Para uma mulher, não é? – Milva balançou a cabeça e, com um movimento brusco, arremessou dos ombros os cabelos ainda molhados. – É o que você quer dizer? Quem diria, um cavalheiro! Lembre-se de uma coisa: mesmo que eu precise ficar de cócoras para urinar, meu casaco não é de pele de lebre, e sim de lobo! Não me pinte de covarde, já que você não me conhece