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Série Netflix Série The Witcher

O PRELÚDIO PARA UM DESASTRE?

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5 de novembro de 2022

No último sábado, 29 de outubro de 2022, o ator Henry Cavill que interpreta o bruxo Geralt de Rívia, anunciou em suas redes sociais que não mais fará parte do elenco da série “The Witcher” da NETFLIX. Como era de se esperar, tal anúncio caiu como uma bomba para os fãs da saga escrita por AndrzejSapkowski. Vale agora questionar, o que a saída de Cavill pode significar para o futuro da série?

Com seu primeiro episódio lançado em 20 de dezembro de 2019, “The Witcher” é uma série original da gigante do streaming; NETFLIX, sendo baseada na série de romances do escritor polonês AndrzejSapkowski. Já em seu anúncio, o hype sob a produção era dos mais pesados, “The Witcher” já possuía um nome forte no mercado e no público graças principalmente a trilogia de jogos que foram lançados entre 2007 e 2015, pela produtora polonesa CdProjetc RED. Sendo o ultimo “The Witcher 3 Wild Hunt” um sucesso estrondoso, com uma enxurrada de elogios vindos da crítica e do público somadas a centenas de prêmios, entre eles o tão cobiçado  “Game oftheYear” na cerimônia do “The Game Awards” 2015. Tais elementos colocaram não apenas a série e a empresa num patamar até então nunca alcançado, como haviam conquistado uma legião massivas de fãs e simpatizantes que se apaixonaram pela história, universo e personagens.

No entanto, com o fato do ultimo dia 29 de outubro de 2022, Henry Cavill, ator que dava a vida ao protagonista Geralt de Rívia, anunciou a sua saída do elenco da série, o que além de trazer um sentimento de espanto trouxe um não entendimento sobre a atitude do ator por boa parte do publico.

Segundo o site “RedanianIntelligence”, a saída de Cavill envolveu principalmente dois fatores que são a questão salarial e atritos entre o ator e as decisões da equipe roteiristas, onde o ator britânico cobrava mais fidelidade aos livros. Ainda de acordo com o site o ator e a equipe de produtores “não estavam se vendo olho no olho” principalmente em relação ao conteúdo da série, a evolução do protagonista e até mesmo a própria narrativa. Isso ficou de maneira mais evidente quando ao longo da turnê promocional, uma série de declarações de Henry na direção de cobrar para que a equipe trabalhar com um material mais preciso á obra original. Um exemplo de uma destas foi a declaração do mesmo num programa de divulgação da série disponível no canal oficial da série no YouTube;  “The Witcher: Unlocked” que foi ao ar em 20 de dezembro de 2021;

“Espero que seja fiel aos livros, eu acredito que há uma chance de explorar o relacionamento de Geralt com Nenneke logo. É claro, eu adoraria trabalhar com outros bruxos mais vezes, mas tudo dependerá do que a história vai permitir”, disse Cavill. “Eu sou um grande fã dos livros e de ser fiel a eles, mas é sobre garantir que a história se desenrole sem muitos desvios”.

Outro fato que pesa muito no atrito entre o ator e a equipe está numa notícia muito divulgada nos sites de sobre cultura Nerd em meados de outubro de 2022, onde BeauDeMayo , produto e roteirista da série; acusou integrantes da equipe criativa de não gostarem dos jogos eletrônicos e até mesmo da obra original de AndrzejSapkowski.

“Eu estive em uma série – intitulada The Witcher – onde alguns dos roteiristas não gostavam dos livros e jogos (chegando ao ponto de tirar sarro ativamente do material de origem).”

“É uma receita para o desastre e moral ruim. Você ser fã (da obra original) faz todas as longas noites de trabalho valerem a pena. Você tem que respeitar o que veio antes para adicionar algo ao seu legado.”

Declarou em sessão de perguntas e respostas no Instagram.

Tendo uma somatória desses fatos em mente, dá a entender que a situação de ambiente de trabalho entre roteiristas e protagonista não era dos melhores, mesmo com o posicionamento de Henry e da equipe criativa serem contrários, ao que se via de bastidores nos sets de filmagens e com os outros atores, a relação entre o “Geralt” e os demais era diametralmente oposta a que tinha com a equipe criativa, vendo-os em vários momentos exalando um clima leve e descontraído seja no próprio trabalho, seja nos eventos fora do set, em especial entre Henry Cavill (Geralt), AnyaChalotra (Yennefer) e Freya Allan (Ciri).

Infelizmente, com a saída de seu ator de nome mais pesado “The Witcher” da NETFLIX, perde não apenas sua principal estrela, mas como também seu, até agora, principal “salva vidas”. As duas primeiras temporadas por mais que tenham recebido feedbacks positivos e negativos de maneira morna, seja para um lado ou outro, sempre teve na boca dos fãs duas afirmações recorrentes “Tem muita coisa para explorar e melhorar nesse universo…” e “Henry salvou a temporada/ episodio/ cena…”. Os fãs mais antigos, sejam eles dos livros ou jogos, foram sempre ala mais crítica da Fandom sobre como a adaptação estava sendo feita. A escolha de atores que não traziam as características se nos basearmos exclusivamente na obra original, adaptações de acontecimentos visando o aceleramento da narrativa que é muito mais densa no material, origem causando lacunas na história, trechos ocorrem sem ter uma base mínima; o que levará o roteiro a tentar encaixar de algum modo posteriormente. Aqui podemos usar o encontro de Geralt com Ciri como exemplo, onde após toda uma construção anterior de um encontro “não previsto” leva o “destino” a finalmente unir “pai e filha” sendo descrito pelo autor original de maneira emocionante, carregado de discussões filosóficas e circunstâncias especialmente detalhadas nos livros, custando à trama recursos importantes, como a “floresta de Brokilon” que dariam mais musculatura a trama. A troca de personagens em determinados acontecimentos, a mudança da forma como fatos se desenrolam pode causar dor de cabeça num futuro, quando as coisas sejam interligadas… Entre esses e inúmeros exemplos, Cavill era, graças a sua atuação, no qual o mesmo incorporou o nível de representação do Lobo Branco que chega a assustar, se vê que o mesmo de fato buscou incorporar ao personagem, que podemos dizer é bem “não ortodoxo” em comparação a outros protagonistas de outras obras.

A atuação do mesmo até para uma análise de fala lembra muito do que imaginamos como o Geralt se mostra; frio, calculista, sarcástico, descrente, astuto… Sem alterações em seu tom de voz, por mais critica que seja a situação. Sendo posto como o ponto mais forte da série em si. E com sua postura de pedir mais do material origem publicamente, se tornou um exemplo de esperança para os fãs mais antigos e assíduos, que também cobravam a mesma requisição, simultaneamente, em que relevavam como já citados acima, erros, furos, falta de fidelidade ao material origem…

Finalmente, podemos dizer que sem mais o “Super-Man” na pele do “Bruxo de Rívia” e com a tendência dos rumos que a narrativa vêem tomando, é que o feedback do público em especial dos fãs mais antigos, seja recorrentemente mais negativo com o aditivo de um teor de critica mais dura. Não é de se espantar que o número de posts, comentários, memes… Na comunidade Witcher do tipo: “Acabou a série” – “RipWitcher 3 temporada” – “Já podem cancelar a série para mim”… Algo que veem ocorrendo com muita frequência, em inúmeros títulos, onde os fãs tratam as novas versões ou adaptações como total desrespeito àquilo que foi consolidado e os conquistou em dado momento, seja por sua história, seus personagens ou sua narrativa. O número de produções que fracassaram justamente por tomar um caminho totalmente inverso vêem aumentando exponencialmente nos últimos anos, onde os fãs antigos são jogados para escanteio, a narrativa é alterada para agradar determinado grupo ou cartilha.

Witcher é um exemplo vivo de que você pode fazer algo novo, respeitando totalmente seu gênesis, como narrado no livro “The Witcher – A ascensão de um novo rei entre os RPGs” pelo jornalista e desenvolvedor Benoît  “ExServ” Reinier, que mostra ao longo das páginas como os desenvolvedores da CdProject RED criaram toda a história a partir do fim da obra original, e a medida que iam dando suas colaborações respeitavam como fãs que eram, o universo e limites delimitados por AndrzejSapkowski, a soma trouxe a todos os envolvidos um sucesso e repercussão que nunca se imaginou. Com a produção da NETFIX indo na contramão de tal exemplo, fica um questionamento; estamos diante de um prelúdio para um desastre?… Longe de fazer futurologia, apenas afirmo que o prognóstico não é animador, e a saída Cavill deixa isso ainda mais nítido, resta aos fãs aguardar e esperar pelo melhor.

Fonte: Redanian Intelligence

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