“Nossa, esse filme foi uma bomba atômica”, disse o rapaz ao meu lado no término do filme. Esse resume o meu sentimento. Mas antes de tudo, é preciso dizer que Coringa não é um filme de herói e nem de anti-herói. É um filme de arte, que conta a história de como um homem cede ao seu lado louco e psicopata, com um ritmo bem mais lento do que estamos acostumados nos blockbusters atuais (fórmula Marvel?).
Ele tem sim uma pegada brutal e violenta que faz você se sentir incomodado em alguns momentos, mas consegue compensar com cenas que te fazem rir e embarcar nessa loucura pela visão deArthur flack. A cena do anão é impagável e resume bem esse sentimento. Vai do brutal ao cômico em menos de dez segundos. A atuação de Joaquin Phoenix é sensacional e digna de indicação ao Oscar. Aliás, o filme gira em torno dele e isso é ótimo! A risada aterrorizante e assustadora é de dar calafrios. O objetivo do filme é fazer você sair incomodado, e olha, consegue.
O filme tem referências claras ao mundo do Batman e para quem é fã sim terá muito fanservice! Desde o asilo Arkham, passando pela família Wayne, ao filme Cavaleiro das Trevas e aos quadrinhos da excelente história de Piada Mortal.
A Warner/DC apostou em um filme totalmente diferente do que já tinha sido feito no universo dos super-heróis e acertou em cheio. É o tipo de filme que fomentará discussões por muitos e muitos anos e com chances reais de ser premiado no Oscar. E eu torcerei muito. Joaquin Phoenix merece. Esse é o filme de “herói” de que REALMENTE precisávamos. Desculpa Marvel/Disney, mas isso vocês jamais serão capazes de fazer…
