5 CURIOSIDADES SOBRE DEATH STRANDING
Death Stranding, o mais novo jogo de Hideo Kojima e o primeiro produzido inteiramente pelo seu próprio estúdio a “Kojima Productions”, além de complexo guarda muitos easter eggs.
Possivelmente enquanto você estava jogando alguns deles passaram despercebidos, mas pega a pipoca aí que eu vou te contar 5 curiosidades que “talvez” você ainda não saiba sobre Death Stranding.
Vestígios de Sillent Hills P.T
Assim que o jogo começa estamos na capital Knot City, o local é uma mistura de toda a tecnologia presente no mundo de Death Stranding e casas e prédios de uma cidade antiga.
Essa “mistureba” toda obviamente não foi por acaso, afinal estamos falando de Hideo Kojima que já é bem conhecido por não dar ponto sem nó.
Lembra do último projeto dele junto com a Konami? O Sillent Hill P.T? Se você não sabe do que eu estou falando, aqui vai um resuminho básico.
Konami e Hideo Kojima estavam trabalhando juntos para o lançamento de mais um jogo da série Sillent Hill. Ao invés de soltar trailers e simples capturas de tela, Kojima criou uma demo interativa onde o jogador deveria encontrar uma forma de sair de uma casa que fazia ele andar em círculos em um looping perturbador enquanto era assombrado por Lisa, a mãe que foi brutalmente assassinada com seu filho ainda na barriga.
Ao final dessa quase tortura, o jogador via Norman Reedus (O Deryl Dixon, de The Walking Dead) de costas em uma rua vazia com diversos prédios e casas em volta.
Pois é, a capital knot City em seu lado nada tecnológico é completamente baseada nessa cidade de Sillent Hills. Não é idêntico, mas fica bem claro que houve muita inspiração no local.
Problemas na produção de Death Stranding
Apesar de ser um produtor, diretor, roteirista e blá blá blá muito famoso e renomado no mundo jogos eletrônicos, Hideo Kojima comeu o pão que as Bt’s amassaram pra conseguir produzir Death Stranding.
Em uma entrevista recente para Famitsu, Kojima revelou que aos 53 anos de idade, época em que muitas pessoas já estão se aposentando ou pelo menos pensando em se aposentar, ele se viu como um homem de meia idade, que não tinha dinheiro nenhum e apenas dizia que queria fazer um jogo de mundo aberto.
A única forma de conseguir realizar seu projeto e finalmente fazer a Kojima Productions funcionar era através de um financiamento, Kojima tentou em diversos bancos, mas tudo o que ele recebeu de volta foi:
“Entendemos que você é bem conhecido, mas não temos nenhum registro com você como indivíduo”, eles me disseram. É assim que as coisas são no Japão.
Então, descobri que um dos meus maiores fãs trabalha no maior banco do Japão, então acabei recebendo o financiamento.
Apesar do nome não facilitar a chegada do dinheiro, ele facilitou e muito a chegada da empatia, do respeito e da consideração a um homem que dedicou boa parte da sua vida a fazer jogos incríveis.
Ainda tão importante quanto ter dinheiro pra começar o projeto, Kojima também precisava de um local para ser a sede da empresa.
“Eu sabia que o escritório tinha que estar em um prédio agradável para que as famílias de qualquer equipe contratada se sentissem confortáveis em enviar pessoas para trabalhar para mim. Quando eu encontrava um lugar agradável, eles faziam uma verificação e pensavam: “O que exatamente é a Kojima Productions?”
Foi então que encontrei um prédio administrado por um grande fã meu e pude garantir algum espaço de escritório.
Essas são as conexões que tornaram o jogo possível e da mesma forma, eu não seria quem sou hoje sem esses 30 anos na Konami. Não posso negar isso e sou muito grato a eles.”
É aquele velho ditado, quem tem amigo tem tudo.
Kojima também disse que todo o descrédito nele vinha do fato que até hoje não houve alguém que já tenha trabalhado em grandes empresas como designer de jogos e que tenha conseguido muito sucesso depois de sair dessas empresas.
Acho que temos uma reviravolta né?
Metacritic
Pra quem não conhece o Metacritic, é um site americano que reúne críticas a jogos, filmes, programas, dvs e etc.
As notas são dadas por usuários que podem se cadastrar livremente na plataforma e darem suas notas e também uma pequena review sobre o que eles estão avaliando.
Death Stranding foi um jogo de muitas polêmicas dentre elas, ser exclusivo de Playstation 4 e aí ocorreu um “fenômeno” engraçado.
Quando o Kojima saiu da Konami e deu início ao seu projeto, ele disse apenas que pretendia criar um jogo do zero, mas não disse para qual plataforma. Muita gente ficou na expectativa, até que saiu a noticia que seria de PS4.
A galera que queria ter a chance de jogar, mas não tinha um PS4 ficou bem descontente com a notícia e começaram a hostilizar o Kojima de todas as formas possíveis na internet, então logo quando o jogo saiu boa parte dessas pessoas foram até o Metacritic e começaram a avaliar o jogo com notas muito baixas e péssimas reviews.
Quando o site notou que muitas das notas baixas vinham de contas que não tinham nem mesmo se dado o trabalho de escrever algum argumento na descrição e tinham apenas essa avaliação no perfil, o site começou a remover essas avaliações.
Era nítido que aquilo era hate gratuito e não avaliações verdadeiras, então de 5.1 o jogo subiu para 7.4 no site e atualmente sustenta um 7.3.
Ao todo foram removidas mais de 6 mil avaliações negativas de contas secundárias que foram criadas por essas pessoas única e exclusivamente para derrubarem a pontuação do jogo.
Metal Gear
Não podia faltar não é mesmo? Obviamente que Metal Gear está mais do que presente nos easter eggs de Death Stranding.
Logo no início do jogo o personagem Deadman está dando algumas explicações de como ocorrem as obliterações e o que é preciso fazer para que elas não aconteçam, ele acaba usando o termo “Game Over” como ilustração e a frase aparece em uma tela holográfica atrás dele.
A referência aí fica por conta da fonte usada, ela é bem parecida com a fonte que aparecia em Metal Gear quando dava game over, mostrando que o Kojima realmente tem muita história pra contar
Lisa Death Stranding X Lisa Silent Hills P.T (Contém spoiler)
Se você jogou ou conhece a história do Silent Hills P.T que eu já falei aqui, você deve se lembrar que o fantasma que assombrava e perseguia o jogador pelos corredores da casa se chamava Lisa, certo? Então você também deve se lembrar que Lisa estava grávida quando foi brutalmente assassinada aparentemente pelo seu marido. A história dessa personagem é revelada aos poucos durante a gameplay por um rádio que fica em cima de um móvel no corredor da casa.
Já em Death Stranding existem as “matrimortas”.
São mães que ainda carregavam bebês em seus ventres quando tiveram por algum motivo morte cerebral, como diversos bebês ainda na barriga de suas mães foram destinados a serem “BB’s Bridges”, essas mães são mantidas vivas através de aparelhos, enquanto seus bebes são retirados de suas barrigas e encapsulados para serem usados como equipamento.
Esses bebês normalmente não duram mais de um ano e caso sejam retirados da cápsula, tem praticamente zero chances de sobreviverem.
Tudo isso por que a cápsula simula o ventre da mãe, eles inclusive permanecem com o cordão umbilical como se realmente ainda estivessem ligados a elas.
Dentro do quarto privado de Sam, onde em diversos momentos do jogo ele para para descansar e recarregar sangue, granadas e energia, o “BB” é colocado em um espécie de incubadora que potencializa essa simulação do ventre da mãe para que o “BB” se recupere ainda mais rápido e de forma mais eficiente de possíveis danos ocorridos durante as operações externas.
O detalhe ai no meio de tudo isso é que a única “matrimorta” que aparece em Death Stranding também se chama Lisa e também foi morta pelo marido, assim como a Lisa de Sillent Hills. Existe apenas uma diferença do motivo das mortes, em Death Stranding, Cliff mata a esposa por não ter opção e não por puro sadismo como aparentemente foi o caso do marido da Lisa de Silent hills.
Um outro ponto em comum, é que ambos os bebês foram retirados a força do ventre de suas mães.
Você já sabia desses easter eggs e curiosidades? Conta pra gente aqui nos comentários!
Até a próxima!
